Povos da Amazônia concluem carta com propostas para enfrentar crise climática na COP 30

  • 10/11/2025
(Foto: Reprodução)
‘Carta da Aliança dos Povos Guardiões da Amazônia’ é concluída e leva demandas à COP30 A “Carta da Aliança dos Povos Guardiões da Amazônia”, documento que reúne reivindicações e propostas de comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas para o enfrentamento da crise climática, foi concluída nesta segunda-feira (10), na expedição “Banzeiro da Esperança”. O barco, com lideranças amazônicas, percorreu o trajeto entre Manaus, no Amazonas e Belém, no Pará. O documento deve ser entregue ao presidente-designado da COP 30, André Corrêa do Lago, nesta terça-feira (11). Inicialmente, o nome do documento estava intitulado como “Carta da Amazônia” e foi modificado para “Carta da Aliança dos Povos Guardiões da Amazônia“. A alteração ocorreu ao longo das discussões entre as lideranças, que buscaram enfatizar a união entre os povos da floresta e o papel deles frente às mudanças climáticas. A expedição reuniu lideranças tradicionais durante os dias de viagem, em debates sobre impactos ambientais nos territórios, ameaças aos modos de vida e estratégias sustentáveis de manejo. As conversas destacaram a importância dos conhecimentos ancestrais e comunitários na preservação da floresta. Na noite de sexta-feira (7), os grupos responderam a cinco perguntas norteadoras propostas pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e pela Virada Sustentável. A partir dessas contribuições, a carta foi consolidada ao longo do fim de semana e concluída nesta segunda (10), quando foi lida coletivamente. ✉️ Perguntas que orientaram a construção da Carta: O que eu espero de resultado da COP 30? O que me faz ter esperança? Como gostaria de ser visto pelo mundo? Como eu, guardião da floresta, sinto a crise climática no território? Como os nossos saberes são as respostas para a crise climática? Construção coletiva O supervisor de projetos da FAS, Enock Ventura, explicou que a carta foi construída a partir de uma dinâmica colaborativa, na qual os participantes foram divididos em grupos que circularam por estações de debate. “As perguntas serviam como um ponto de partida. Cada grupo acrescentava sua vivência, sua leitura do território e suas propostas. No final, os próprios guardiões se reuniram para sintetizar tudo em texto. A carta é feita 100% a partir dos saberes deles”, afirmou. O supervisor de projetos da FAS, Enock Ventura, disse que a carta foi construída a partir de uma dinâmica colaborativa. Patrick Marques/g1 Amazonas Ventura afirmou ainda que o documento representa uma posição conjunta dos povos amazônicos: 'a carta é o grito da Amazônia'. É o grito de quem vive aqui dizendo que existimos e que temos soluções. Os conhecimentos ancestrais já mostram como viver em harmonia com a natureza, e queremos mostrar isso ao mundo”, disse. Ribeirinho, ele também destacou a dimensão pessoal em participar do processo. “É muito gratificante ver que temos espaço e relevância. É emocionante ver tanta ancestralidade, conhecimento e força reunidos”, completou. Voz da juventude indígena A leitura final da carta foi realizada pelo jovem indígena Estélio Lopes Cardoso, do povo Munduruku, da Terra Indígena Kwatá-Laranjal, em Borba (AM). “Indígenas, ribeirinhos e quilombolas construíram essa carta juntos, com muito cuidado para que todas as vozes estivessem nela”, disse. Segundo ele, a carta reúne reivindicações concretas para fortalecer condições de sobrevivência nos territórios. “Nós pautamos muito a questão da gestão e do financiamento direto para projetos de enfrentamento à crise climática. Cada povo apresentou suas necessidades reais”, afirmou. A leitura final da carta foi realizada pelo jovem indígena Estélio Lopes Cardoso, do povo Munduruku, da Terra Indígena Kwatá-Laranjal, em Borba (AM). Patrick Marques/g1 Amazonas 💡Entre as propostas destacadas estão: sistemas de irrigação para agricultura; transporte comunitário nos rios; e uma escola de formação para jovens indígenas do Amazonas. “A gente quer que os financiamentos cheguem direto nas comunidades. Só assim as políticas públicas chegam onde precisam chegar”, completou. Sobre ter sido o responsável pela leitura da carta, Estélio destacou o simbolismo do momento: “É uma grande responsabilidade representar meu povo e a juventude Munduruku. Eu sinto que estamos fazendo história”, declarou. ‘Carta da Aliança dos Povos Guardiões da Amazônia’ é concluída em expedição pelos rios e leva demandas do povo da floresta à COP 30 Patrick Marques/g1 Amazonas LEIA TAMBÉM: ‘Banzeiro da Esperança’: expedição sai de Manaus rumo à COP 30 com lideranças amazônicas VÍDEO: Ritual indígena de proteção marca partida do ‘Banzeiro da Esperança’ de Manaus rumo à COP 30 Lideranças Amazônicas começam debates para formar ‘Carta da Amazônia’ durante expedição rumo à COP 30

FONTE: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2025/11/10/carta-da-alianca-dos-povos-guardioes-da-amazonia-e-concluida-e-leva-demandas-do-povo-da-floresta-a-cop30.ghtml


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