Professores da rede municipal de Manaus entram em greve contra projeto de reforma da Previdência

  • 13/11/2025
Professores de Manaus entram em greve contra projeto de reforma da Previdência Os professores da rede municipal de ensino de Manaus iniciaram greve nesta quinta-feira (13) em protesto contra o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 8/2025, apelidado pelos servidores de "PL da Morte". A proposta, aprovada em primeira votação pela Câmara Municipal de Manaus (CMM), muda as regras de aposentadoria dos servidores públicos municipais. De acordo com a coordenadora administrativa do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical), Elma Sampaio, o indicativo de greve, que é uma decisão aprovada em assembleia pelos trabalhadores para sinalizar a possibilidade de paralisação, havia sido aprovado no dia 7 de novembro. "Cumprimos todos os trâmites legais exigidos. A partir de hoje, os professores e pedagogos da Semed estão em greve. Infelizmente, esse foi o último recurso, porque o prefeito Davi Almeida teimou em aprovar o 'PL da Morte' em primeiro turno", disse Elma. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp A coordenadora afirmou que o sindicato comunicou oficialmente a deflagração da greve à Secretaria Municipal de Educação (Semed), à Casa Civil e à Prefeitura de Manaus. Segundo ela, a categoria manterá 30% dos profissionais em atividade, conforme prevê a legislação para serviços essenciais. "Nossa greve é legal e organizada. Vamos cumprir a determinação de manter 30% dos professores nas escolas, enquanto os demais estarão nas ruas, buscando a adesão dos colegas e participando dos atos”, completou. Ainda segundo o sindicato, mais de 1,5 mil professores assinaram as listas de frequência no primeiro dia de paralisação. O movimento deve seguir por tempo indeterminado. O g1 solicitou posicionamento da Semed sobre a greve dos professores e as medidas adotadas para garantir o funcionamento das escolas durante a paralisação. Até a última atualização desta reportagem, não houve retorno. No fim de setembro, antes da aprovação do projeto, professores e sindicatos já haviam protestado em frente à Câmara Municipal pedindo a suspensão da proposta. Durante o ato, manifestantes exibiram faixas e cartazes com críticas à reforma da Previdência. Profissionais da educação deflagram greve em Manaus. Naine Carvalho/Rede Amazônica O que diz o projeto O Projeto de Lei Complementar foi aprovado no dia 5 de novembro, com 30 votos favoráveis e 10 contrários, e ainda precisa passar por segunda votação, ainda sem data marcada. A proposta, enviada pela Manaus Previdência (Manausprev), aumenta a idade mínima e o tempo de contribuição exigidos para aposentadoria e pensão de servidores municipais da educação que ingressaram no serviço público após 31 de dezembro de 2003. Aqueles que entraram antes dessa data continuarão seguindo as normas anteriores. Segundo a Prefeitura, a reforma busca equilibrar as contas do regime próprio de previdência, que pode acumular déficit de R$ 938 milhões até 2038, caso as mudanças não sejam feitas. Confira abaixo os principais pontos: Idade mínima para aposentadoria: 62 anos para mulheres e 65 anos para homens. Professores têm direito à redução de 5 anos na idade e no tempo de contribuição. Cálculo do benefício: A aposentadoria começa em 70% da média de todas as contribuições. Esse valor aumenta 2% por cada ano de contribuição acima dos 25 anos. Regras de transição: Servidores atuais terão opções como sistema de pontuação (idade + tempo de contribuição) e pedágio de 100% do tempo que falta para se aposentar. Direitos adquiridos: Quem já tem direito à aposentadoria manterá todos os benefícios, incluindo paridade e integralidade para quem ingressou até 2003, desde que cumpra os critérios de transição. Abono de permanência: Mantido para servidores que continuam trabalhando mesmo após cumprir os requisitos para se aposentar. O valor do abono equivale à contribuição mensal. Pensão por morte: A cota familiar será de 70%, somada a 10% por dependente, até o limite de 100%. Dependentes com deficiência ou inválidos terão direito a 100% do benefício, até o teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Contribuição: As alíquotas não mudam. Continuam em 14% para servidores ativos e para aposentados e pensionistas que recebem acima do teto do RGPS. Aposentadorias especiais: O projeto prevê regras específicas para Pessoas com Deficiência (PcDs) e para servidores expostos a riscos à saúde, com critérios adaptados para cada caso. O que acontece agora A aprovação em primeira votação não transforma o projeto em lei. No trâmite da Câmara Municipal: O texto principal é aprovado na primeira votação; Pode receber ajustes ou emendas; Passa por segunda votação; Se aprovado novamente, segue para sanção ou veto do prefeito. Só depois disso a reforma entra em vigor. Professores criticam mudanças no tempo de contribuição para aposentadoria. Naine Carvalho/Rede Amazônica Manifestantes se reúnem em frente a Câmara Municipal de Manaus. Naine Carvalho/Rede Amazônica Greve do servidores municipais da educação foi deflagrada nesta quinta-feira (13) em Manaus. Naine Carvalho/Rede Amazônica

FONTE: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2025/11/13/professores-da-rede-municipal-de-manaus-entram-em-greve-contra-projeto-de-reforma-da-previdencia.ghtml


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