Sobe para 17 o número de municípios em situação de emergência devido cheia nos rios do Amazonas

  • 09/05/2025
(Foto: Reprodução)
Cheias dos rios devem seguir impactando o Amazonas até, pelo menos, junho, segundo previsão do comitê estadual. Ribeirinho navega pelo rio Amazonas em meio à cheia que já ultrapassa os 7 metros, realidade que afeta o dia a dia de comunidades nas áreas alagadas Arney Barreto/TV Tapajós A cheia dos rios no Amazonas já colocou 17 municípios em situação de emergência, segundo o boletim mais recente da Defesa Civil do Estado, divulgado nesta sexta-feira (9). Ao todo, 144 mil pessoas estão sendo impactadas pelo fenômeno natural. O cenário ainda deve se prolongar. De acordo com o Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais, as nove calhas dos rios amazonenses continuam em processo de cheia até, pelo menos, o mês de junho. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp Nesta última atualização, os municípios de Santo Antônio do Içá, Amaturá e Juruá, todos banhados pelo Rio Solimões, saíram do estado de alerta e entraram em emergência. Confira a lista dos 17 municípios que estão em situação de emergência e as medições nesta sexta-feira (9): Humaitá - Rio Madeira - 23,14 metros Apuí - Rio Madeira - não divulgado Manicoré - Rio Madeira - 27,46 metros Boca do Acre - Rio Purus - 11 metros Guajará - Rio Juruá - 9,95 metros Ipixuna - Rio Juruá - 11,14 metros Novo Aripuanã - Rio Madeira - não divulgado Benjamin Constant - Rio Solimões - não divulgado Borba - Rio Madeira - 21,52 metros Tonantins - Rio Amazonas - 16,03 metros Itamarati - Rio Juruá - 19,81 metros Eirunepé - Rio Juruá - 15,07 metros Atalaia do Norte - Rio Solimões - 14,13 metros Careiro- Rio Solimões - 18,77 metros Santo Antônio do Içá - Rio Solimões - 13,64 metros Amaturá - Rio Solimões - não divulgado Juruá - Rio Solimões - 23,40 metros Além dos municípios em emergência: 17 estão em estado de atenção, 27 em alerta, e um em normalidade. 🌧️ Segundo o meteorologista e pesquisador Leonardo Vergasta, dois fenômenos explicam o aumento no volume dos rios em comparação a 2024: O Inverno Amazônico, que traz chuvas acima da média para a Região Norte e deve durar até o fim de maio. O La Niña, que chegou ao fim em abril, mas deixou consequências. “No início de 2025, tivemos a atuação do La Niña, que resfria as águas do Pacífico Equatorial. Isso aumenta a intensidade das chuvas na região. Como coincidiu com nosso período chuvoso, desde fevereiro, toda a bacia amazônica registrou volumes de chuva acima do normal”, explicou o pesquisador. LEIA TAMBÉM: Cheia dos rios no Amazonas não deve superar recorde histórico em Manaus e outros três municípios, aponta SGB Águas do Rio Madeira encobrem Transamazônica Águas do Rio Madeira encobrem rodovia Transamazônica, no Amazonas, e afeta moradores. Rede Amazônica A Transamazônica desapareceu sob as águas do Rio Madeira, durante o período de cheia. Vinte quilômetros da rodovia estão submersos. A BR-230 é a única via terrestre que dá acesso de Humaitá à cidade de Apuí e ao distrito de Santo Antônio do Matupi, em Manicoré, todos em situação de emergência. O ônibus que faz o trajeto entre as Humaitá e Apuí deixa os passageiros até o local onde é possível trafegar, mas para seguir viagem até o outro lado da rodovia, só através de uma pequena embarcação. A espera chega a até 3 horas e sai lotada, sem segurança e sem colete salva vidas. Cada passageiro ainda precisa desembolsar R$ 100 por um trecho de uma hora e meia e o caminho é feito no meio da floresta alagada. Além das despesas com ônibus, a dona de casa Adriana Carneiro, pagou R$ 180 para levar os dois filhos para a escola, no município de Humaitá. "R$ 180 reais só pra ir, pra voltar mais R$ 180. Isso se não tiver que pagar bagagem, porque às vezes passa do limite. Aqui não teve, não teve ajuda de ninguém até o momento", disse a dona de casa durante o trajeto. Os reflexos da cheia já impactam o comércio em Apuí e no distrito de Santo Antônio do Matupi, segundo o comerciante Gildásio da Silva Filho. "Hoje estamos enfrentando problemas. A gasolina aumentou R$ 0,30, R$ 0,40. Para nós, isso é muito. O gás, que custava R$ 120, teve um acréscimo de R$ 25 a R$ 30 por botijão. Não é que estão se aproveitando da situação, é o frete que está caro", relatou. Com a estrada submersa, caminhões e carretas precisaram mudar a rota. Agora, os veículos param em um porto particular em Humaitá e seguem até Apuí por balsas alugadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O trajeto, que antes levava cerca de 12 horas pela Transamazônica, passou a durar, em média, quatro dias, navegando pelos rios Madeira e Aripuanã até a comunidade da Prainha — de onde a carga finalmente segue viagem por terra. A cheia do Rio Madeira afeta ao menos dez cidades do Amazonas. O município de Humaitá é um dos mais impactados pelo alto nível do rio, e nesta quarta-feira atingiu a cota de 23,44 metros, e se aproxima da cota histórica de 25,63 metros. 🔴 Cota máxima registrada (2014): 25,63m ⚪ Cota de alerta: 15,00m Na Zona Rural de Humaitá, a cheia está devastando plantações e afetando a rotina escolar. De acordo com a Defesa Civil, cerca de 16 mil pessoas já foram afetadas pela cheia do rio. Cheia do Rio Amazonas avança sobre o cais e preocupa moradores de Óbidos

FONTE: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2025/05/09/sobe-para-17-o-numero-de-municipios-em-situacao-de-emergencia-devido-cheia-nos-rios-do-amazonas.ghtml


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